Apesar de começar com “Ruby”, Ruby on Rails não é uma linguagem de programação. Muitas pessoas acabam fazendo essa confusão, mas é importante entender que Ruby on Rails na verdade é um framework, e que apesar da confusão, as duas acabam tendo sim uma ligação, já que, em outras palavras, Ruby on Rails é basicamente uma coleção de bibliotecas escritas na Linguagem de Programação Ruby.
Esse framework pode ser considerado um dos mais utilizados no desenvolvimento de software, sendo uma ferramenta poderosa e interessante para startups e negócios digitais. Mas afinal...
Podemos dizer que um framework é um facilitador no desenvolvimento de uma aplicação. Seu objetivo principal é ser reutilizado. Ele é uma estrutura base que contém um conjunto de funções e componentes já pré-definidos, funções e componentes que disponibilizam uma aplicabilidade específica ao desenvolvimento de software.
Existem diversos frameworks para diversas plataformas, seja front end, ou back and, assim como para desktop, web ou mobile. Porém, é necessário escolher o framework correto para cada tipo de aplicação. No caso do Ruby on Rails, é um framework utilizado para o desenvolvimento de aplicações web seguindo o padrão de design MVC.
Entender o padrão de design MVC é fundamental para compreender o Rails, já que ele é a base para a organização das aplicações que são desenvolvidas com esse framework. Sendo assim, o MVC funciona da seguinte forma: O programa é dividido em três grandes partes e cada uma com as suas responsabilidades. O M do MVC é a camada Model, ela é a parte lógica da aplicação e é responsável pela interação com os bancos de dados. Essa camada tem o necessário para que tudo aconteça. C é a camada Controllers, que como diz o nome, é o controlador. Ele é responsável por receber as solicitações do usuário e buscar nos models as informações necessárias a essas solicitações, devolvendo as informações por meio dos Views, completando a sigla, que são as representações visuais ao usuário final, não tendo a responsabilidade de quando vai exibir, mas sim como irá exibi-los.
O Rails também faz uso de outros frameworks dentro do padrão de design MVC, que também podem ser utilizados em projetos Ruby de forma independente.
Entre outros, como:
Active Suppot: responsável por extensões uteis (String, data, Hash, Array...);
Action Mailer: responsável por envio de e-mails;
Active Storage: responsável por uploads e armazenamento de arquivos;
Active Job: responsável por processamento em background (workers);
Aplicativos como Spotify, Shopfy, Hulu, Square, Twitch, que muitas vezes utilizamos no nosso dia a dia, foram desenvolvidos em Ruby on Rails.
Junto com Django, o framework da Web mais popular em Python, o Rails conseguiu propagar o uso do padrão MVC, e mais do que isso, ele também trouxe boas práticas de desenvolvimento, como o princípio do Dont Repet Yourself (DRY), que refuta a duplicação desnecessária de trechos de código fonte. O que é mais um ponto positivo, porque nós sabemos que quanto mais código existe, mais chances e lugares um bug tem de se esconder.
Desta forma, podemos observar que com esse framework é possível sim construir aplicações de forma rápida, dinâmica e moderna, até porque esse é um dos seus objetivos principais. Além do Rails ter algumas vantagens, como ser multiplataformas, ser rico em outras bibliotecas externas, de código aberto, entre outras.
E para finalizar, uma curiosidade que merece destaque. Apesar das confusões contraditórias que fazem sobre esses dois nomes, a linguagem de Ruby só ganhou destaque após o lançamento do framework Ruby on Rails. Portanto, qualquer confusão é mera coincidência, desde que não haja confusão.
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